Tendo por base o último relatório estatístico da ASF, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, datado de 2016, verificamos que em termos globais e no que concerne à categoria de seguros “Incêndio e Outros Danos em Coisas” e mais pormenorizadamente “Incêndio e Elementos da Natureza”, existiu um decréscimo de número de apólices do ano de 2015 para 2016.
Em 2015 registavam-se um número total de 270.100 apólices que seguravam o risco de “Incêndio e Elementos da Natureza” e em 2016 um número total de 254.145 apólices.
Um decréscimo superior a 15.000 apólices num só ano, o que poderá ser interpretado como uma perda da segurança dos bens e um consequente aumento de risco no que respeita a um possível incêndio que ocorra.
Em tendência inversa, existiu um aumento de “Edifícios de habitação familiar clássica”, dando resposta a: “Quantas são as moradias ou os prédios de apartamentos?” Ao consultarmos a PORDATA, obtemos resposta a esta pergunta, avançando com o valor preliminar de 3.585.624 no ano de 2015 e de 3.590.273 em 2016.
Não sendo possível conseguir uma correlação total entre os números apresentados, uma vez que são dados absolutos e não permitem uma estratificação por tipo de habitação ou região do País, permite-nos ter uma noção das disparidades e reforçar a aposta na prevenção.
Isto porque, a lei apenas prevê a obrigatoriedade do seguro de incêndio para habitações em propriedade horizontal, deixando à total consideração do consumidor a subscrição do seguro de incêndio para quem resida noutras propriedades.
Neste campo a sensibilização do consumidor é essencial e sobretudo para quem reside em moradias com proximidade a zonas de maior risco de incêndio. Em geral, e no centro do País a densidade populacional é muito dispersa, e com pequenas povoações e moradias isoladas.
O preço do seguro poderá ser o maior argumento para a maior parte dos consumidores que optam pela não contratação, mas em jeito de contra-argumentação, o melhor exemplo a ter em conta são as tragédias ocorridas em 2017, que deverão alertar o consumidor para a necessidade deste custo. Muitas vezes, o preço a pagar pelo seguro poderá ser encarado como um custo desnecessário ou inacessível, mas é certo que existe cada vez mais oferta no mercado e se fizermos as contas ao prémio de seguro fracionado e pago mensalmente, o valor a despender será mais amigável.
Nesta matéria a aposta na prevenção e em proteger os nossos bens, será a melhor arma para um 2018 com menos sobressaltos, ou pelo menos com garantias mais reforçadas deste bem que é tão importante para todas as famílias, a sua habitação.
Se está a ler este artigo e é um dos consumidores que não tem apólice de seguro de incêndio para a sua habitação, será uma boa resolução de ano novo em começar a procurar no mercado uma cobertura e preço que vá de encontro às suas necessidades e orçamento.
Em suma, evitemos o que há muito a sabedoria popular apregoa: “Casa roubada, trancas à porta”.
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