De uma forma geral, as famílias portuguesas já recuperaram rendimento disponível em 2017, quer tenha sido através da reversão do corte salarial da função pública, quer do aumento do salário mínimo e até mesma pela redução da sobretaxa. Porém, entre janeiro e outubro de 2017 o número de famílias confrontado com dificuldades financeiras não diminuiu comparativamente com as anos anteriores.
O desemprego continua a liderar as causas de sobre-endividamento. Mas agora, pela primeira vez, surgem novas causas, para além do desemprego,da deterioração das condições laborais, do divorcio e da doença, os negócios e investimentos mal sucedidos, surgem como causa em 3,7% dos processos abertos. Já os casos de burla e fraude representam 1,6%.
Também o perfil profissional das pessoas que recorrem ao Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado-GAS está a mudar: quatro em cada dez pedidos de ajuda parte de trabalhadores do privado, e o número de reformados aumentou.
A família que pede ajuda ajuda tem em regra um rendimentos líquidos mensal de 1.200€, montante superior aos 1.070€ que se registavam em 2016. Contudo, em 2017 constamos que a taxa de esforço é de 70,8% sendo em 2016 de 67%. Para o aumento da taxa de esforço contribuiu o aumento do peso das prestações com crédito, 850€ no rendimento liquido mensal:
Todos os consumidores podem ter ajuda ou orientação na gestão do seu orçamento familiar, os contactos podem ser efetuados nos nossos serviços, através dos seguintes e-mails:
gas@deco.pt ou gas.norte@deco.pt
Estas são algumas conclusões do Boletim Estatístico do GAS no dia mundial da poupança.