Página principal Literacia Financeira ESPAÇO CONSUMIDOR Espaço consumidor: A renegociação de crédito

Espaço consumidor: A renegociação de crédito

28-07-2020

Uma consumidora coloca-nos a seguinte questão:

Estou com dificuldade em cumprir com as minhas obrigações devido à pandemia covid 19. Sou reformada,  ainda trabalho numa lavandaria, mas desde Março não há trabalho. As despesas fixas estavam controladas, mas sem esse valor extra não  tenho o suficiente para a medicação, alimentação e despesas da casa, com água e luz, etc…Tentei negociar o contrato de crédito pessoal, alargando o prazo e diminuir o valor da prestação, mas não consegui.

O Gabinete de Proteção Financeira da DECO esclarece:

Durante a semana dos avós, iremos abordar alguns temas pertinentes e cabais para o informar e esclarecer devidamente.

Muitas são as questões e pedidos de informação que nos têm chegado sobre como renegociar os créditos e assim recuperar “a boa forma financeira”.

Nestes tempos de pandemia em que vivemos várias foram as famílias que se viram afetadas pela perda de rendimentos, desemprego e quebras laborais, que levaram a que deixassem de poder cumprir com as suas obrigações prestacionais, e entrando em incumprimento perante as instituições financeiras.


Como tal, iremos explicar neste artigo o que pode fazer para reabilitar as suas finanças pessoais:

  • Nos meses iniciais da pandemia, o Governo estabeleceu moratórias com o intuito de ajudar os consumidores a suportar os pagamentos das mensalidades. Esta  moratória pública  tem o seu fim para adesão a 30 de setembro, mas quem aderiu até esta data irá beneficiar de uma redução na mensalidade (pagando somente os juros) até 31 de Março de 2021.
  • Caso não consiga aderir à moratória (pública ou privadas), primeiramente aconselhamos a que contacte as entidades bancárias e que exponha o seu problema. Para as instituições de crédito, é importante que informe que não está a conseguir fazer face aos seus pagamentos e que está disposto a acertar um acordo de pagamentos.
  • Aquando deste contacto inicial com as instituições bancárias, deverá fazer-se acompanhar da documentação que comprove devidamente qual o motivo que originou a dificuldade em cumprir com o pagamento, pois quanto mais puder atestar a sua atual condição melhor e mais rápido terá uma resposta por parte dos bancos.
  • No momento em que os bancos analisarem a sua situação e lhe fizerem uma proposta, deverá analisá-la corretamente e verificar se de facto é vantajosa ou não. Muitos são os casos em que as instituições financeiras se ‘aproveitam’ para aumentar juros ou englobar taxas que não são devidas.
  • Poderá ser integrado no PARI (Plano Ação para o Risco de Incumprimento) ou no PERSI (Plano Extrajudicial de Resolução de Situações de Incumprimento). Estes dois planos, são legislados pelo Decreto-Lei nº227/2012, e têm no âmago o objetivo de ajudar os consumidores em dificuldades de pagamento, a reestruturar os seus créditos, sempre com o aval e avaliação por parte dos bancos, evitando ao máximo ações judiciais em Tribunal, para recuperar valores em atraso.

Neste artigo visámos apenas alguns trâmites que poderá seguir neste período conturbado em que vivemos.

Porém, caso necessite da nossa ajuda, pode sempre contactar a DECO, para o elucidámos e esclarecê-lo da melhor forma!

SEMANA DOS AVÓS: INFORMAMOS E ALERTAMOS PARA O APOIAR! 

 


Para mais informações ou dúvidas, não hesite em contactar-nos, telefonicamente, para os nºs  213 710 238 /  22 339 19 61 ou por email: gas@deco.pt ou gas.norte@deco.pt

MS

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