Falsos Intermediários de Crédito

09-03-2021

A DECO alerta  para o crescente número de burlas relacionadas com falsos intermediários de crédito que contribuem para o agravamento da situação financeira das famílias.

O consumidor que pretenda recorrer a um intermediário para obter um crédito deverá estar bem esclarecido para que não saia enganado por falsos profissionais.

Embora existam decerto esquemas mais complexos, habitualmente, o esquema mais básico passa pela recolha dos dados do consumidor pela entidade financiadora (que poderá ser apenas um indivíduo ou um grupo de indivíduos) e pela simulação da análise da viabilidade da concessão do empréstimo. 

Posteriormente, consumidor é informado que o crédito foi aprovado e é-lhe então solicitada a transferência de um montante para finalizar o empréstimo.

Chega mesmo a ser enviado um comprovativo falso a indicar que a transferência do valor do empréstimo já foi efetuada, encontrando-se a creditação do valor na conta do consumidor pendente do pagamento de uma quantia referente a despesas de processo, comissão de aprovação do crédito, pagamento do Imposto de Selo, etc.

Será um valor na ordem de algumas centenas de euros, e ao ser efetuado o pagamento e consumada a burla, o consumidor fica sem o crédito e sem o dinheiro pago, deixando de conseguir contactar com a alegada entidade financiadora.

Como prevenir estas situações?

O consumidor deve adotar  uma postura preventiva, devendo consultar a lista de entidades de autorizadas a conceder crédito em Portugal de forma a confirmar se aquela entidade se encontra legalmente registada.

Deve, também  estar atento a vários indícios de que se trata de uma burla:

  • Contactos telefónicos inexistentes ou escassos (p. ex. apenas é indicado um número de telemóvel), números do estrangeiro;
  • Morada em território estrangeiro ou um simples apartado;
  • Endereço de e-mail não institucional (Gmail, Hotmail, Yahoo, etc.);
  • Páginas na internet ou em redes sociais com erros ortográficos ou de construção frásica evidenciam o recurso a um tradutor online;
  • Testemunhos pouco verídicos por parte de terceiros que procuram atestar a fiabilidade das entidades financiadoras;
  • Inexistência de referências sobre aquela entidade em outros sites sobre aquela entidade financiadora, ou referências negativas, tais como reclamações e denúncias;
  • Aprovação de crédito de forma célere (numa questão de horas/dias) e desburocratizada (não lhe é exigida qualquer documentação);
  • O registo negativo no Mapa da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal não é por si só razão impeditiva da concessão de crédito, contudo, a maioria, senão a generalidade das instituições de crédito recusa conceder empréstimo a quem esteja na “lista negra”.

O recurso a entidades não autorizadas para conceder crédito e/ou para a intermediação de crédito   poderá resultar em graves danos para os consumidores, uma vez que estas entidades não se encontram sujeitas disposições legais  que salvaguardam os interesses do consumidor e a estabilidade do sistema financeiro. o Banco de Portugal

O Banco de Portugal emite alertas públicos sobre entidades não autorizadas/habilitadas a desenvolver atividade financeira e sobre potenciais práticas fraudulentas.

ATENÇÃO: antes de contactarem as entidades, os consumidores  devem verificar se a entidade em causa se encontra habilitada para desenvolver o tipo de operação financeira envolvida. Para tal, basta consultarem a lista das entidades registadas para concederem crédito ou para a atividade de intermediação de crédito.


Para mais informações  contacte -nos 

Pelo telefone, para os nºs 213 710 238 / 22 339 19 61

ou por email: gas@deco.pt ou gas.norte@deco.pt


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