
Para se elaborar um orçamento familiar pode utilizar-se uma folha de cálculo (formato Excel ou outro equivalente) ou simplesmente uma folha de papel…O orçamento é composto por duas partes: os rendimentos (de sinal positivo) e as despesas (de sinal negativo).
Regra geral, o primeiro orçamento é quase sempre o mais difícil de elaborar, sobretudo se não existir um registo histórico sistematizado do destino que foi dado ao dinheiro nos últimos meses/anos. Assim, por um lado, há que fazer um maior esforço de realismo previsional/orçamental e, por outro, deixar uma margem de segurança confortável para despesas não previstas.

É importante tomar nota das datas de pagamento das despesas mais importantes, em particular, das despesas fixas com datas pré-determinadas de forma a evitar atrasos, por exemplo a prestação ou renda da casa, a água, a eletricidade … Se não efetuar o pagamento atempado ou se não tiver dinheiro disponível na conta à ordem pode ter que pagar alguma penalização.
Durante um mês, deverá fazer um esforço no sentido de recolher e registar todas as suas despesas, guardando todos os recibos, faturas, extratos bancários. Faça o mesmo para todas as receitas.
No final faça as contas para ver com que saldo fica (receitas – despesas). Repita estas contas para os próximos meses.

O seu saldo mensal deverá ser positivo. Caso não seja, é um claro sinal de que está a viver acima das suas possibilidades e a caminhar para uma situação difícil.
Convém, desde logo, incluir uma determinada percentagem (por exemplo, 10%) dos rendimentos que devem ser destinados à poupança. Se, no final das contas (execução do orçamento), conseguir aumentar esta capacidade de poupança, tanto melhor.
Do lado das despesas
A construção de um orçamento familiar deve basear-se no nível de rendimentos que o agregado consegue gerar, a curto e a médio prazo. São, por norma, os valores mais fáceis de estimar (salários, subsídios, abonos, pensões, remunerações de poupanças, rendas de imóveis, etc.). Aumente as suas fontes de rendimento. Seja criativo e aumente os seus rendimentos (serviços esporádicos, royalties, criação de pequenos negócios…) para não ficar dependente de uma só fonte de receitas. A longo prazo, é importante investir na formação para melhorar as suas competências e qualificações profissionais, por exemplo, fazer um curso de formação (informática ou outras áreas), aprender línguas, ou melhorar o nível de escolaridade.
Do lado das receitas
Em primeiro lugar, convém dividir as despesas em duas categorias: As despesas FIXAS têm de ser sempre realizadas, embora o seu montante possa alterar-se ao longo do tempo (por exemplo, a renda ou as prestações do crédito da casa, prestações do carro, pagamento de água, eletricidade, gás, televisão, comunicações, etc.). As despesas VARIÁVEIS são o género de despesas que mudam, de mês para mês, e não são tão fáceis de determinar (por exemplo, compras de supermercado, roupa, combustíveis, entretenimento, refeições fora de casa, presentes, etc.). Quanto maior o peso das despesas fixas maior a rigidez do orçamento familiar.
Modelo de orçamento familiar

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