Muitos consumidores, quando confrontados com uma situação de sobre-endividamento, procuram, muitas vezes consolidar todos os créditos existentes ou, a contratação de um novo crédito, para pagamento dos restantes.
Mas, são soluções que não apresentam viabilidade. Desde logo, porque dada a frágil conjuntura económica, a consolidação de créditos de diferentes entidades é difícil e de reduzida viabilidade, estando também dependente de alguns critérios a ter em atenção:
→ A existência de créditos em mora, contencioso ou abatidos ao ativo, informação que consta na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal e que torna praticamente impossível, nesta fase, aceder a crédito para liquidação de créditos de diferentes instituições;
→ A Taxa de Esforço que corresponde à percentagem do rendimento mensal que vai ser utilizada para fazer face aos compromissos financeiros ou seja, o peso das prestações com crédito no orçamento do agregado familiar deverá ser inferior a 40% do mesmo;
→ A possível exigência de outras garantias reais (ex.: imóvel) e/ou pessoais (ex.: fiadores/avalistas), perante a análise de risco efetuada pela entidade credora.
Deve desconfiar quando lhe propõem dinheiro de forma fácil e com taxas baixas num anúncio de jornal ou quando recebe um e-mail em que lhe oferecem crédito de somas avultadas, de forma extremamente fácil. Com frequência, trata-se de uma forma elaborada de fraude.
São muitos os esquemas para enganar os consumidores: entidades que dizem conceder créditos mas, que o seu objetivo é apenas o de conseguir o montante relativo às despesas iniciais do processo, entidades que dão a entender que o crédito foi já aprovado, mesmo havendo registo de incidentes no Banco de Portugal, como intuito de receberem uma comissão pelos seus serviços, depois indicam que o banco, afinal, não concedeu o crédito.
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.Dicas para se proteger:
Deve ignorar os anúncios de crédito onde não consta a identificação do potencial credor ou quando só é apresentado um e-mail ou número de telefone. Qualquer instituição de crédito com uma dimensão razoável tem um sítio na Internet. Certifique-se ainda de que tem um endereço físico.
Todas as entidades legalmente autorizadas a conceder crédito têm de estar registadas no Banco de Portugal: daí a importância da identificação da instituição que concede o crédito. Em posse do nome, consulte a lista no site do Banco de Portugal.
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Apresente queixa e denuncie a situação ao GAS
Se esteve envolvido com uma suposta entidade que concede crédito ou serve de intermediário e só se apercebeu tarde demais de que está perante uma proposta fraudulenta, apresente queixa de imediato às autoridades policiais e à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) .
A DECO tem vindo a acompanhar a conduta de algumas destas entidades, denunciando as inúmeras situações lesivas dos interesses económicos dos consumidores. De resto, já alertámos para a necessidade de regulamentação desta atividade. Caso tenha conhecimento de uma situação desta e pretenda proceder à sua denúncia junta da DECO poderá fazê-lo através do preenchimento do formulário que deverá remeter para o seguinte email: gas@deco.pt.
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Para mais informação contacte o GAS.