O trabalho desenvolvido pela DECO, desde o ano 2000, no apoio às famílias sobre-endividadas permite-nos, hoje, concluir que o problema do sobre-endividamento é mais um problema estrutural e cada vez menos conjuntural.
No primeiro semestre de 2019 foram registados 17.000 contactos. Os pedidos chegam pessoalmente, por email, através do portal mas sobretudo por telefone. O telefone continua a ser um dos meios privilegiado para expor a uma situação difícil, envolta muitas vezes ainda pela cortina da vergonha. O número de pedidos é semelhante ao registado nos últimos anos.
Quem pede ajuda
São sobretudo os consumidores com idades superiores aos 40 anos que pedem orientação, representam 70%.
43% dos consumidores são casados ou vivem em união de facto.
Apenas 19% estão desempregados, uma vez que 63% está a trabalhar no sector público ou privado.
Em termos de habilitações o número de consumidores com o ensino superior aumentou de 16% em 2018 para os 21% em 2019.
Em termos de distribuição geográfica os consumidores com dificuldades financeiras estão espalhados por todo o território, mas é onde existe uma maior densidade populacional que existe o maior numero de consumidores/famílias (27,1% em Lisboa, 25,3% Porto).
Os processo de intervenção
Existe um aumento do numero de processos de 1.272 em 2018 passamos para 1.354 em 2019.
Causas das dificuldades financeiras
As causas das dificuldade financeiras das famílias têm a ver com o mercado de trabalho, o desemprego, 21% e a deterioração das condições laborais, 20% são as principais causas em 41% dos pedidos.
Rendimento
O rendimento médio liquido mensal da família é de 1.200€, sofreu um ligeiro aumento comparando com igual período de 2018, em quer era de 1.1150€.
Número de créditos
As famílias continuam a ter m média 5 responsabilidades de crédito: 1 crédito à habitação; 2 créditos pessoais e 2 cartões de crédito.
Montante do credito e das prestações
Verificamos um aumento do montante de créditos e um aumento do valor das prestações mensais. Por mês em regra são despendidos 870€ com crédito.
Taxa de esforço
A taxa de esforço é em 2019 de 72,5% quando o valor recomendado é no máximo 35% ou seja, as prestações com crédito não devem absorver mais de 35% do rendimento mensal
Todos os consumidores podem ter ajuda ou orientação na gestão do seu orçamento familiar. Os contactos podem ser efetuados nos nossos serviços ou através dos seguintes e-mails:
Download: Dados estatísticos do 1º Semestre de 2019