Para muitas famílias está já a ser muito difícil pagar todas as suas despesas e a descida da inflação parece estar longe de acontecer. Por muita ginástica que as famílias consigam fazer os rendimentos nem sempre são suficientes, o dinheiro não estica, há despesas fixas e o custo de vida está a aumentar.

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O que se pode fazer? Pode cortar-se em mais alguma despesa?
Já analisou tudo o que é possível renegociar ou mesmo anular?
É necessário começar por definir um plano e estratégia para combater a inflação e tomar medidas. A família ou o consumidor deve começar por fazer o seu diagnóstico financeiro. Para tal, é fundamental utilizar a ferramenta orçamento familiar.
Temos que estar cientes que a inflação oficial impacta na vida de todos nós e que esta pode ser diversa da inflação pessoal. No orçamento das famílias os preços dos bens comprados com mais frequência têm grande peso, sendo esta a razão pela qual muitas famílias percecionam a sua inflação atual como sendo superior à inflação oficial. É possível medir a inflação pessoal através da comparação do aumento dos gastos de um período para outro, seja mensal, semestral ou anualmente.
Calcule aqui a sua taxa de inflação pessoal
Mas o que se pode fazer?
Após fazer o orçamento, deve identificar-se os principais gastos e rendimentos.
Depois, caso o saldo do orçamento mensal seja negativo ou próximo de zero, deve refletir-se cuidadosamente: poder-se-á reduzir algumas despesas? Dever-se-á, desde logo, identificar os gastos essenciais e os gastos não essenciais ou supérfluos. No curto/médio prazo poder-se-á agir sobre estes e cortar alguns, se necessário.
Sabe calcular a sua taxa de esforço?
De seguida, devem identificar-se as responsabilidades de crédito existentes e calcular a taxa de esforço, ou seja, o peso das prestações de crédito no rendimento líquido. Idealmente, deverá ser inferior a 35%. Caso seja superior, deve tentar reduzir-se o montante das prestações de crédito. Para tal, há que contactar a instituição de crédito. . A DECO poderá ajudar a família ou o consumidor na busca de solução.
Objetivo: REEQUILIBRAR O ORÇAMENTO FAMILIAR
Dicas para si e a sua família
A carne e o peixe aumentaram, as atividades extra dos filhos, o combustível e as idas ao restaurante estão cada vez mais caras.
Sem tentar perder qualidade de vida, procure alterar hábitos e comportamentos que ajudarão no combate à inflação.
A fatura alimentar tem um peso considerável no orçamento familiar, situando-se entre 35% a 40% do total das despesas. Os preços dos bens alimentares aumentaram fortemente, a dois dígitos, precedidos por um longo período de relativa estabilidade, o que leva a fundados receios de acréscimo de pobreza e dificuldades acrescidas, mesmo em famílias que antes não experienciavam tal quadro.
- Faça um orçamento para a ida ao supermercado e procure cumpri-lo.
- Pesquise preços e promoções. Aproveite descontos dos cartões de fidelização.
- Compre fruta e legumes da época nas mercearias locais e defina refeições semanais, comprando de acordo com as necessidades e evitando desperdício.
Para cada uma das suas despesas, como seja com os serviços públicos essenciais, enumere estratégias de redução. Por exemplo, no que diz respeito a despesas de água, pode controlar mais fluxo das torneiras e diminuir a duração dos duches, e da eletricidade não deixar luzes ligadas e evitar ter utensílios em stand by são exemplos de alguns comportamentos que permitem gastar menos.
Analise, ainda, o número de contas bancárias que tem. Precisará mesmo de todas?
Se possível, opte pelos serviços mínimos bancários, poupando, assim, dezenas de euros em comissões.
Faça também uma análise qualitativa dos créditos que tem e pondere libertar- se de alguns. Por exemplo, quantos cartões de crédito detém? Paga anuidade? Avalie esta questão e reduza-os ao mínimo necessário.
Para quem tem crédito à habitação com taxa de juro variável, peça simulações para a eventualidade de transferir para a taxa fixa ou mista ou até para outro banco.
Se tiver um “pé-de-meia”, pondere amortizar alguns créditos se a taxa de juro das aplicações que detiver não compensarem a inflação e tiverem uma rentabilidade abaixo do juro que paga pelo empréstimo.
Verifique se não tem seguros duplicados ou com coberturas para eventuais riscos que poderão ser importantes. Faça uma pesquisa de mercado para reduzir eventuais prémios dos seguros.
Não se esqueça que outra forma de contrariar a inflação crescente passa por aumentar os seus rendimentos. Geralmente pensamos que para aumentar rendimentos temos que ter um segundo emprego. É verdade que esta é uma das formas de o fazer, mas não a única. Aumentar o rendimento significa ter mais dinheiro durante o mês e poderá consegui-lo através, por exemplo, da venda de artigos que já não usa ou rentabilizando os seus hobbies.
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