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Crédito Habitação – Taxa Fixa ou Variável?

07-07-2017

O consumidor deve estar bem informado no momento em que  contrata um crédito habitação. Pretende-se com isso que faça uma escolha responsável e sustentável financeiramente. Para o ajudar a tomar esta decisão é importante reveja o seu orçamento familiar e nele incluir os custos associados ao crédito. Deve ter em atenção o  impacto do crédito à habitação nas despesas mensais pode ser medido através da taxa de esforço.

É  fundamental o consumidor conhecer as características do  produto crédito à habitação e sobretudo  terminologia utilizada.

Atualmente, Bancos e consumidores já têm alguma predisposição  em negociar o spread (margem de lucro do Banco), mas é igualmente importante que o consumidor conheça e tenha a capacidade de  escolher entre taxa fixa ou variável.

À semelhança de outros produtos de crédito, a prestação do crédito habitação é composta por uma parte de amortização de capital e outra parte destinada aos encargos do crédito, nomeadamente o pagamento de juros.

Na contratação do crédito habitação para além do spread, o consumidor deve negociar com o Banco a modalidade de taxa fixa ou variável.

No caso, da taxa variável  a prestação do crédito habitação irá variar consoante as oscilações do indexante escolhido, a Euribor.

A Euribor é uma média das taxas de juro praticadas pelas principais instituições de crédito da Área do Euro para empréstimos no mercado interbancário.

Existem prazos também para a Euribor, é possível o crédito habitação ser contratado tendo como indexante a Euribor a 3 meses, a 6 meses ou a 12 meses, sendo mais usual atualmente os Bancos proporem a Euribor a 6 ou 12 meses para os novos contratos.

Isto significa que, ao contratar o crédito habitação com taxa variável, para além do spread que é contratado e vigora ao longo do contrato (caso não existam alterações contratuais), a taxa irá variar consoante as oscilações do mercado e o consumidor irá sentir ao longo do contrato ajustamentos na sua prestação. O que poderá, refletir-se num aumento ou diminuição da prestação ao longo do contrato de crédito.

Nos créditos à habitação com taxa de juro variável, a taxa de juro do empréstimo resulta da soma de duas componentes: o indexante ou taxa de referência, que é a Euribor, e o spread.

Em alternativa à taxa variável, existe a hipótese do crédito habitação ser contratado com taxa fixa, ou seja, a taxa fixa, a taxa de juro do empréstimo mantém-se inalterada durante o prazo que tiver sido acordado com a instituição de crédito. Quando o banco define o valor para a taxa de juro fixa toma como referência a taxa fixa que se pratica no mercado interbancário para o mesmo prazo: a designada taxa de swap.

Mas atenção, é importante perceber qual a duração da fixação dessa taxa, pois pode não ser garantida a taxa por todo o contrato.

Existem alguns Bancos que propõem a fixação da taxa a 5, 10 ou 30 anos, existindo uma margem de lucro associada a essa taxa. Ou seja, em termos do equilíbrio do orçamento familiar, pode ser proveitoso para o consumidor, pois sabe realmente qual a sua prestação do crédito habitação ao longo dos anos que contratou essa taxa e defende-se de oscilações abruptas que podem ocorrer no mercado.

Em contrapartida, se as taxas Euribor estiverem negativas ou abaixo da taxa fixa contratada, o consumidor estará a pagar mais pelo crédito habitação, e poderia ter uma prestação mais baixa naquele momento, caso tivesse contratado a taxa variável.

Em suma, antes de contratar, faça uma simulação tendo em conta contratar o crédito com a taxa fixa ou variável, e veja qual a escolha que mais se enquadra com a sua situação financeira.

 

Para mais informações contacte-nos, pessoalmente na sede ou nas nossas delegações, através do Portal do GAS ou para o seguinte email: gas@deco.pt   ou  gas.norte@deco.pt  

 

Mais informação: 

DECO Proteste: Crédito à habitação: se tem um spread baixo, pode estar a pagar mais do que deveria

DECO Proteste: Crédito à habitação: 10 passos para obter a prestação mais baixa

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