A Deco continua a verificar que são muitos os consumidores que se encontram sobre-endividados e que procuram resolver os seus problemas recorrendo a empresas que publicitam, num anúncio de jornal, num site ou através do envio de um e-mail, crédito de somas avultadas e de forma especialmente fácil.
Estas entidades exigem logo à partida um valor a título de abertura do processo, para que possam efetuar uma suposta avaliação, com a promessa de que o crédito será aprovado. No entanto, aquilo que se verifica é que após o pagamento desse valor, já não é possível conceder o crédito porque não foi aprovado, sem ter direito à devolução do montante pago, ou a entidade deixa pura e simplesmente de responder ao consumidor.
A Deco considera que estamos perante situações muitas vezes de fraude, lesivas dos direitos e interesses económicos dos consumidores, e nessa medida informa que:
- As entidades que praticam esta atividade de mediação e consultoria não estão, por lei, sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, nem constam do registo de entidades por este autorizadas;
- Sempre que verificar um anúncio de crédito fácil, deve certificar-se de que a empresa tem um endereço físico, contacto de e-mail ou telefone, caso seja necessário apresentar alguma reclamação ou entrar em contacto com a mesma;
- Deve solicitar o contrato de prestação de serviços para poder analisar o mesmo previamente antes de efetuar qualquer pagamento, pois esse custo não deve ser suportado pelo consumidor antes da concretização do negócio.
De salientar ainda que, quando existe informação negativa na Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal dificilmente se conseguirá obter um crédito.
Devido à conduta gravosa destas entidades, a DECO tem vindo a denunciar tais situações por serem lesivas dos interesses económicos dos consumidores.
Assim sendo, caso esteja a passar por uma situação semelhante, ou tenha conhecimento destas situações pode proceder à sua denúncia junto da Deco, através do e-mail gas@deco.pt, devendo para o efeito remeter toda a documentação relativa ao caso.
Poderá ainda apresentar queixa junto das autoridades policiais e junto da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
Mais Informação:
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