O Banco de Portugal identificou 30 freguesias “particularmente vulneráveis” a uma contração adicional da rede de caixas automáticos e balcões de instituições de crédito, com destaque para os distritos de Bragança e Vila Real.
No estudo publicado pelo Banco de Portugal sobre a cobertura da rede de acesso a numerário em Portugal, pode ler-se que “apesar da ampla cobertura de caixas automáticos e balcões” “30 das 3.092 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede”.
As freguesias agora identificadas pertencem aos distritos de Bragança (12), Vila Real (oito), Guarda (quatro), Beja (três), Faro (duas) e Viana do Castelo (uma), somando cerca de nove mil pessoas.
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Esse estudo mostra que a quase totalidade da população (99%) dispõe de um ponto de acesso à rede multibanco a menos de cinco quilómetros, em linha reta, de distância do seu local de residência, que em alguns casos pode representar dificuldades de acesso. Em 2022, a maior distância, em linha reta, entre uma freguesia e o ponto de acesso mais próximo era de 17 quilómetros.
O Banco de Portugal identifica, ainda, quatro municípios onde cada caixa automático servia, em média, mais de cem quilómetros quadrados: Mogadouro e Vinhais (Bragança), Alcoutim (Faro) e Mértola (Beja).
No que respeita ao número de agências bancárias, os bancos fecharam mais de mil balcões em cinco anos, em 2017 havia 4.592 em território nacional, tendo o número baixado para 3.515 no final de 2022.
A redução da rede de balcões foi “especialmente concentrada” nos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, que somavam 60% do total de agências encerradas.
É fundamental assegurar que o consumidor tenha acesso a pontos de distribuição de notas e moedas, promovendo a inclusão financeira e a liberdade de escolha entre instrumentos de pagamento.
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