Página principal Literacia Financeira ESTATÍSTICA Endividamento das familias: 1º Semestre de 2016

Endividamento das familias: 1º Semestre de 2016

27-07-2016

Os pedidos de ajuda não diminuíram. Todos os dias, o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da Deco recebe, em média  100 pedidos de ajuda para resolver uma situação de sobre-endividamento. Ao todo, nos primeiros seis meses do ano foram 17 300 os pedidos de ajuda, um número idêntico ao registado no período homólogo de 2013, 2014 e 2015. A situação financeira das famílias, ainda não apresenta melhorias.

O desemprego e a deterioração das condições laborais continuam a ser as principais causas de sobre-endividamento.  Mas, as penhoras dos rendimentos têm surgido, nos últimos anos, como uma das causas (14%)  de rutura do orçamento familiar. É já a terceira causa que está na origem das dificuldades financeiras das famílias.

Mas, a maioria dos sobre-endividados que recorrem à Deco são os trabalhadores do setor privado (39%) muitos deles enfrentaram situações de desemprego  tendo conseguido regressar ao mercado de trabalho mas com rendimentos muito inferiores aos que tinham antes do desemprego outros são trabalhadores que têm tido uma redução significativa dos seus rendimentos por via da redução de horas extraordinárias, comissões ou mesmos cortes dos seus vencimentos.

Em média, as prestações mensais com créditos representam 67% do rendimento mensal. Somando-se a isto as despesas correntes – como alimentação, água e eletricidade –, é fácil o orçamento do agregado familiar entrar em rutura. As famílias têm em um rendimento de 1070 euros por mês. Os encargos correntes totalizam 467 euros, a que se junta um valor de prestações de 716 euros. Feitas as contas, o saldo médio é de 113 euros negativos.

Estas são algumas conclusões do Boletim Estatístico do GAS.

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