
Os imóveis são um ativo muito frequente no património das famílias: cerca de 75% das famílias são proprietárias da residência principal.
O Banco de Portugal e o Instituto Nacional de Estatística realizaram o Inquérito à Situação Financeira das Famílias (ISFF). Este inquérito recolhe, aproximadamente de três em três anos desde 2010, informação detalhada sobre a riqueza, as dívidas e os rendimentos das famílias residentes em Portugal, com base numa amostra representativa.
De acordo com os dados agora divulgados a riqueza líquida das famílias, que resulta da diferença entre o valor dos ativos e das dívidas cresceu para uma média de 200,4 mil euros de património líquido. Para esta evolução contribuíram os ativos reais e financeiros, “que é consistente com o aumento dos preços no mercado imobiliário e o aumento dos depósitos das famílias, especialmente acentuados desde a pandemia”, diz o INE.
A residência principal é em regra o ativo mais importante da riqueza real das famílias exceto na classe mais elevada. “As famílias portuguesas têm uma clara preferência por ser proprietárias da sua residência”, afirma o INE. Das famílias que vivem em casa própria (70% das famílias), apenas 2% preferiam ter arrendado. Das famílias que vivem numa casa arrendada, 63,5% preferiam ter comprado e não o fizeram por não terem condições financeiras.
Para o conjunto de todos os agregados, o valor mediano da residência é de cerca de 120 mil euros. E cerca de 75% ds famílias são proprietárias da residência principal.
Em 2020, 46,6% das famílias residentes em Portugal tinham algum tipo de dívida, aponta o INE.
Saiba mais em:
Inquérito à Situação Financeira das Famílias – Banco de Portugal
Inquérito à Situação Financeira das Famílias entre 2017 e 2020 -INE e Banco de Portugal
Qual o impacto da pandemia na situação financeira das famílias? – INE e Banco de Portugal