
No segundo trimestre de 2016 a taxa de poupança das famílias aumentou ligeiramente para 3,9% do rendimento disponível relativamente ao ano de 2015, invertendo a queda que se verificava desde meados do ano passado, segundo o INE.
De facto, a taxa de poupança das famílias portuguesas, que superava a casa dos 20% do rendimento disponível nos anos 80, caiu para metade com o processo de convergência para adesão ao euro nos anos 90, e voltou a cair para metade em 2015, depois da saída da troika.
Algumas famílias já recuperaram rendimento disponível em 2016, quer tenha sido através da reversão do corte salarial da função pública, quer do aumento do salário mínimo e até mesma pela redução da sobretaxa. Como vamos nós usar este dinheiro?
A tendência pode ser a de começar a consumir mais e esquecer os comportamentos adotados durante os anos de crise. Mais dinheiro disponível pode contribuir para, por exemplo, fazer mais refeições fora de casa, fazer férias mais vezes ao longo do ano, comprar um carro novo ou até comprar ou trocar de casa. Essa pode ser a decisão mais fácil, mas é melhor ter alguma cautela, pois a nossa estabilidade financeira depende da capacidade para poupar. Senão vejamos:
Em situações imprevistas de doença se não tivermos um pé-de-meia, como vamos sobreviver? Como podemos fazer face à educação dos nossos filhos a médio e longo prazo? E para a reforma, como nos podemos preparar sabendo que há dúvidas crescentes quanto à viabilidade do atual sistema de pensões em Portugal e que reforma será bastante inferior ao que se ganha hoje em dia?
Gerir e poupar são as palavras de ordem! Mas, poupar pode não ser fácil. É cada vez mais difícil cortar no orçamento familiar, mas não é impossível. Se o objetivo é poupar tem que se alterar comportamentos que permitam mais tarde colher os frutos. Existem alguns comportamentos mais ou menos indolores que permitem que o ato de poupar se torne numa rotina diária, venha saber quais!
Na semana de 31 de outubro a 4 de novembro, a DECO realiza workshops em todo o país para ajudar os consumidores a tomar decisões financeiras informadas e sustentáveis, na gestão do orçamento familiar, no planeamento de despesas e escolha de serviços e produtos financeiros adequados, na aplicação de poupanças e recurso ao crédito em condições vantajosas. E, nas situações de dificuldades, saber como reagir e a que meios recorrer.
Vamos falar sobre:
Necessidade ou Desejo de Consumo
Orçamento Mensal: elaboração, avaliação e planeamento financeiro
Gestão Eficaz dos Consumos Domésticos: estratégias e atitudes
Decisões Financeiras Conscientes: função e papel do crédito, avaliação das opções de crédito; formas de renegociação
Poupança e Investimento: Importância da poupança continuada; Perfis de investidores; tipos de aplicações
Dificuldades Financeiras que estratégias adotar
Quando & onde acontece
Estes workshops informativos são dinamizados por todo o país na semana de 31 de outubro a 4 de novembro para ter mais informação devem contactar as nossas delegações regionais.
Outras iniciativas: