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Continuam as promessas de renegociação e de crédito fácil !

19-05-2016

Continuamos a verificar que existem “empresas”  que se comprometem a ajudar os  consumidores confrontados com dificuldades financeiras, prometendo a renegociação dos seus  contratos de crédito,  a concessão de crédito ou até a resolução dos seus problemas mesmo havendo créditos em tribunal, penhoras, informações negativas no Banco de Portugal …

Uma prática corrente  consiste  na  suposta prestação de serviços em que o  consumidor tem de efetuar um pagamento  a título de despesas de expediente, honorários ou comissões (valores que variam entre  os 75€ e os 300€). Depois de efetuado o pagamento o consumidor  é, na maior parte das vezes,  informado que a proposta não foi aprovada, sem ter direito à devolução do montante pago.

Para reduzir riscos, os consumidores devem pedir um contrato de serviços que devem previamente analisar. Caso o mediador exija o pagamento de honorários pela sua prestação, o consumidor não deve suportar esse custo antes de o negócio ser concretizado; exceto se houver garantia de reembolso em caso de não aprovação.

Outra prática  que nos tem sido apresentada nos últimos tempos:  “…consultei ontem uma empresa  do qual pela primeira consulta paguei 125,00 e após a consulta ao Mapa de Responsabilidades do BP, do qual ainda nada tenho em incumprimento….mas já não estou a conseguir suportar todos os créditos, disseram que existia possibilidades de fazer um plano de pagamentos e que tenho de ir ao Advogado da referida empresa no dia xxxx  para pagar mais xxxx para o processo avançar…”, neste caso,  avançar para processo de insolvência, podendo os  valores cobrados variar  entre 1.500€ e os 2.500€.

As atividades de mediação e consultoria não estão, por lei, sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, nem constam do registo de entidades por este autorizadas. Consequentemente, o Banco de Portugal, não tem competência para regular, fiscalizar ou sancionar tais entidades bem para apreciar queixas ou reclamações relativas à sua atuação. Fora da alçada do Banco de Portugal, estes consultores, intermediários  e mediadores exercem a atividade sem controlo e lesando diariamente os consumidores. A DECO tem vindo a acompanhar a conduta de algumas destas empresas, denunciando as inúmeras situações lesivas dos interesses económicos dos consumidores. A DECO, de resto, já alertou para a necessidade de regulamentação dessa atividade.

Caso tenha conhecimento destas situações pode proceder à sua denúncia junto da DECO, poderá fazê-lo através do e-mail gas@deco.pt enviando todos os elementos relativos ao caso, como documentação, e-mails e SMS trocados com a entidade.

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