
“Dois terços de todos os gastos na economia são feitos pelos consumidores”. O papel que o consumidor desempenha na economia não pode ser desprezado!
Diariamente, no atendimento do Gabinete de Proteção Financeira – GPF – da DECO, que presta apoio ao sobre-endividado e orientação financeira ao consumidor ouvem –se estas três perguntas:
Como o dinheiro não abunda e, muitas vezes, é insuficiente para satisfazer as necessidades essenciais, o grande desafio financeiro das famílias é chegar ao fim do mês desafogadamente. A proteção financeira é um elemento essencial para a inclusão socioeconómica do consumidor, nomeadamente, dos consumidores economicamente desprotegidos.
O GPF, que responde a centenas de consumidores mensalmente, avança com outra pergunta: onde gastam as famílias o dinheiro?
As despesas com a habitação (31,8%), transportes (14,7%) e alimentação (14,4%) continuam a aumentar no orçamento das famílias portuguesas: subiram 2,6% nos últimos cinco anos. Segundo os dados divulgados pelo INE (Inquérito às Despesas das Famílias 2015/2016), aquelas despesas absorvem atualmente 60,9% do orçamento familiar.
Estes dados mostram-nos, ainda, uma alteração significativa no peso que a alimentação tem no total dos gastos familiares. Trata-se de uma descida, no período de 26 anos, para metade: em 1989/90 era de 29,5%; atualmente representa apenas 14,4% do total.
Já os custos com habitação, eletricidade, água, gás dispararam. São um terço da despesa dos agregados (31,8%) contra apenas 12,4% em 1989/90.
As famílias com dificuldades financeiras que pedem ajuda à DECO têm como principais despesas mensais: créditos (prestação do credito habitação, pessoal e cartões de crédito) – 67%, a alimentação – 18,6%, os serviços públicos (água, luz e gás) – 10,8% dos gastos.
Quanto gastam as famílias?
Em média, uma família gasta anualmente 20,916€. Todavia, se a família tiver crianças gasta em média 25.892 € por ano, valor que desce para 17.997 € no caso de não existirem filhos menores dependentes. No entanto, as famílias com dificuldades financeiras que pedem ajuda à DECO gastam anualmente, em média, aproximadamente 15.000€.
E os rendimentos das famílias?
Mais de 20% dos trabalhadores por conta de outrem tinha em 2016, o salário mínimo nacional. Os reformados do regime geral da segurança social, 2.938.814, o valor médio da pensão foi de 459,39€ em 2015. As famílias que pedem ajuda à DECO têm rendimentos mensais de 1.070€.
O Gabinete de Proteção Financeira pretende reforçar a informação financeira ao consumidor, considerando que este é o único caminho para conduzir as famílias a uma compreensão mais clara dos diferentes produtos financeiros disponíveis no mercado, permitindo que seja capaz de avaliar as vantagens e riscos dos mesmos.
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